segunda-feira, 5 de março de 2012

A Genética Humana e o Preconceito

O fenótipo ou seja, a característica visível ou verificável, normalmente depende da interação do genótipo com o meio.
Para determinadas características fica bastante claro o efeito ambiente sobre o resultado final: todos conhecemos o efeito bronzeador dos raios solares sobre nossa pele, depois de uma exposição de algumas horas na praia...
No entanto nem sempre é tão fácil avaliar o quanto o ambiente é responsável por um fenótipo.
Certos padrões do comportamento humano claramente são herdados pelo menos em parte, mas não sabemos quantos genes são responsáveis por eles, nem em que medida o ambiente é também responsável por eles.
Até que ponto personalidade e inteligência são traços herdados e até que ponto são determinados pelo ambiente?

 Essa é uma pergunta difícil de responder, já que características comportamentais não são fáceis de medir, de qualquer modo,todos aceitam,intuitivamente, que certos dons,como o talento para a música ou desenho, têm um componente hereditário.
É certo, contudo, que um ambiente adequado favorece muito o desenvolvimento dessas potencialidades.Nem sempre os geneticistas deram a necessária importância a ação do ambiente.

A história da genética está repleta de casos em que a influência do meio foi subestimada, valorizando-se exageradamente o papel dos genes.aa
Muitas vezes, também, tentou-se provar que certos caracteres eram determinados geneticamente, quando na realidade não o eram.
Um exemplo foram os trabalhos do cientista Francis Galton(1822-1911), Galton fundou a eugenia, o estudo dos métodos para "melhorar"o conjunto de genes da espécie humana.
Em nome da eugenia foram cometidos muitos equívocos.
Os primeiros trabalhos sobre o assunto defendiam a ideia de que a prostituição, a criminalidade e o alcoolismo eram determinados geneticamente; os fatores sociais - e,  portanto, ambientais - eram desprezados.
Defendeu-se ainda a noção de que era necessário restringir a reprodução de pessoas geneticamente "imperfeitas"!
Muitos adeptos dessas ideias, incluindo alguns geneticistas, consideravam certas classes sociais e certas raças como superiores às outras. Por coincidência, a classe ou raça "superior"sempre era de quem usava o argumento...
O cruzamento entre raças ou categorias sociais diferentes era considerado prejudicial à pureza genética do grupo "superior".

Ideias desse tipo tiveram grande influência nos Estados Unidos, em alguns estados, foram aprovadas leis recomendando a esterilização de criminosos ou de doentes mentais; restringiu-se a imigração, exceto para pessoas provenientes da Europa ocidental.
Em certas regiões, os casamentos inter-raciais eram legalmente proibidos, sob o pretexto de proteger a "pureza" da raça branca.
Esse tipo de pensamento chegou ao auge na Europa, com o nazismo, que proclamava a superioridade dos arianos.
Milhões de pessoas que não agradavam aos nazistas, genética ou politicamente, foram exterminados pelo regime de Adolf Hitler.    

2 comentários:

  1. Acho tão necessárias as diferenças! Elas nos tornam únicos e de certa forma especiais. Somos diferentes para mostrarmos que cada qual pode gostar do outro exatamente pelas suas particularidades. Uma pena que a evolução tão pequena da humanidade está longe de compreender e torna tudo o que é, de certa forma diferente, preconceito.
    Mas um dia as coisas mudam...
    Abraços

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  2. Olá eu vejo muitas mudanças vejo muita misturas de geneticas mas o importante e se sentir bem.e viver com quem gosta.

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