domingo, 23 de fevereiro de 2014

Cinturão de Radiação...Van Allen

 Em 1958 o satélite de exploração espacial, o Explorer I dotado de um contador Geiger detectou radiação na órbita da Terra.
Esta consiste de elétrons e prótons, com energias altíssimas, entre 1 e 100 milhões de elétron volts.
A esta região foi dado o nome de Cinturão de Radiação Van Allen. Na verdade ela se divide em dois cinturões. 
Os dois cinturões de Van Allen, em geral, não estão presentes nos polos, tem a forma de forma duas capas que envolvem a Terra sendo mais espessas no Equador.

O cinturão mais interno está situado entre de mil e cinco mil quilômetros de altitude. Consiste de prótons altamente energéticos, que se originam pelo decaimento de nêutrons produzidos quando raios cósmicos provindos do espaço exterior colidem com átomos e moléculas da atmosfera da Terra.

Assim, quando ejetados para fora da atmosfera, parte dos nêutrons se desintegra em prótons e elétrons ao atravessar a região do cinturão. 
As trajetórias das partículas são espirais ao longo de linhas de força do campo magnético do planeta. 
Existe um segundo cinturão mais acima entre 15.000 e 25.000km, contém partículas eletricamente carregadas de origem tanto atmosférica quanto solar. 
Estas são íons, em geral trazidos pelo vento solar. 
Nesta região as partículas mais energéticas são elétrons com várias centenas de milhares de elétrons volt.

Os prótons no cinturão externo são muito menos energéticos do que os do mais interno. Não existe uma delimitação entre o cinturão interno e o externo, eles se fundem em altitudes que variam. 

Quando a atividade solar é intensa, partículas eletricamente carregadas rompem os cinturões, estas ao atingir a alta atmosfera produzem os fenômenos de auroras polares e as tempestades magnéticas. 
Contudo, muitas partículas são refletidas de volta para o espaço ao longo do campo magnético terrestre.
A atmosfera da Terra limita as partículas energéticas das regiões Van Allen entre 200 a 1.000 km aproximadamente, conforme já descrito anteriormente, o campo dos cinturões não se estende além de sete raios terrestres de distância, e seus limites estão restritos a uma área que de aproximadamente 65° do equador celeste.
A presença de um cinto de radiação já tinha sido teorizada por Nicholas Christofilos antes das primeiras prospecções realizadas por satélites na alta atmosfera terrestre.

A confirmação de sua existência se deu em primeiro lugar com as missões Explorer I no dia 31 de janeiro de 1958, e Explorer III, seu estudo foi realizado pelo Doutor James Van Allen. A primeira missão espacial a compilar dados significativos sobre o Cinturão de Van Allen foi a Sputnik 3, seguida pelas missões Explorer IV, Pioneer III e Luna 1. 

A presença de clorofluorohidrocarbono na atmosfera superior, liberado pela atividade humana, causa uma absorção seletiva de partículas alfa naquela região. 
O acúmulo cria nuvens ionicamente carregadas e invisíveis, conhecidas como região pseudo Van Allen, sendo 1x10-9 do tamanho real do cinturão de Van Allen verdadeiro. Atualmente, existem duas propostas paralelas de estudo do cinturão de radiação. 
Estas pesquisam o efeito quantitativo e qualitativo de absorção de radiação que se propaga para a baixa atmosfera terrestre.(Fonte:PDF)



sábado, 22 de fevereiro de 2014

Insatisfação Com a...Própria Imagem

Você é satisfeito com sua...Imagem ?



Uns quilos a mais, um nariz meio torto, seios pequenos, algumas manchas na pele. O que ocorre quando estas marcas da normalidade passam a ser percebidas como defeitos grotescos na aparência?

Em alguns casos, o que se vê é o surgimento de uma busca desenfreada por dietas, cirurgias reparadoras, cremes de beleza e tratamentos estéticos que são vistos como as únicas soluções para amenizar a insatisfação com o próprio corpo.



Embora a busca pela perfeição da forma corporal seja encarada com naturalidade pela sociedade contemporânea, deve-se alertar para os perigos desta busca que pode atingir níveis patológicos e comprometer a saúde física e mental dos indivíduos.

Em um momento em que a conquista do corpo perfeito nos é imposta como elemento essencial para o alcance da felicidade, cresce entre nós um sentimento de insatisfação com a própria imagem. Este contexto propicia o desenvolvimento de inúmeras patologias, entre as quais destaca-se o Distúrbio Dismórfico Corporal (DDC).

Este caracteriza-se por uma preocupação excessiva com um defeito mínimo ou imaginário na aparência. O indivíduo possui a sensação de que algum aspecto de seu corpo é feio ou repugnante, ainda que aqueles ao seu redor julguem que sua aparência não seja tão anormal.

O indivíduo com DDC realiza uma peregrinação por consultórios médicos, centros de estética, academias de ginásticas e spas, onde diversos tratamentos se sucedem. Não são raros os casos daqueles que fazem repetidas cirurgias plásticas, passam por dezenas de dietas e tratamentos de beleza.

Entretanto, após cada uma destas tentativas (ainda que bem sucedidas) a sensação de insatisfação com a própria imagem persiste, apontando que o problema não é de ordem física e sim psicológica.

Além dos danos físicos que podem advir das sucessivas intervenções às quais se submete o indivíduo com DDC, há também prejuízos nos campos social e afetivo. Isto porque a vergonha e o incômodo sentidos em função de um pequeno defeito na aparência acabam levando o indivíduo a restringir sua vida social na tentativa de esconder-se dos outros e, assim, evitar um julgamento negativo.

O DDC é um distúrbio tratável e recomenda-se que o indivíduo procure um psicólogo ou psiquiatra para que seja corretamente diagnosticado e tratado. Parte da intervenção consiste em ajudar o indivíduo a desenvolver uma avaliação mais realista das qualidades e defeitos do próprio corpo, podendo estabelecer uma relação mais satisfatória consigo mesmo.

É importante frisar que o diagnóstico de DDC não se aplica a todos aqueles que sentem ou já sentiram alguma forma de insatisfação com a própria imagem visto que, num mundo tão exigente, a satisfação total com a aparência é dificilmente atingida. Ainda assim, deve-se estar atento para o momento em que a preocupação com o corpo torna-se excessiva e passa a prejudicar a vida afetiva e social do indivíduo.(Fonte:PDF)