Os biólogos utilizam carbono radioativo(C14) para descobrir as "trilhas" de determinados processos, tanto no interior de células e de organismos quanto na natureza.
O carbono radiotivo se comporta exatamente como o carbono comum no metabilismo dos organismos.
A vantagem para o cientista é que ele emite radiação, por isso pode ser detectado facilmente.
Usar carbono radiotivo num experimento equivale a colocar um pequeno transmissor de rádio num carro, que permite monitorar constantemente sua posição.
Os átomos de carbono podem ser "seguidos" nas cadeias alimentares, desde sua incorporação pelos vegetais até sua passagem pelos vários níveis tróficos.
Pesquisas realizadas com o uso do carbono radiotivo demonstram que os tecidos dos animais são constantemente reciclados.
O aspecto geral de nosso corpo não muda de um ano para o outro, apesar disso, nossa matéria viva está o tempo todo sendo degradada e substituída, molécula por molécula, por substâncias provenientes de nosso alimento, que "moldamos à nossa imagem" e incorporamos à nossa estrutura.
Calcula-se que, em média, a cada quatro anos haja uma reciclagem total da matéria que compõe nosso corpo.
Isso significa que participamos de forma intensa dos ciclos da matéria.
Não deixa de ser pertubador pensar que certos átomos de carbono, em nosso corpo, podem ter pertencido, não faz muito tempo, a um pedaço de madeira, ao corpo de uma baleia, de uma minhoca, de uma samambaia, ou ainda de uma bactéria decompositora!
E seria curioso saber em que organismos irão parar os átomos de carbono que saem dos nossos pulmões a cada instante.
Haverá em nosso corpo alguns átomos que um dia pertenceram a um dinossauro ?
É possível que sim, se lembrarmos que a queima de combustíveis fósseis devolve à atmosfera átomos que ficaram afastados dos ciclos durante muitos milhões de anos.
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