Arte Egípcia
Uma
das principais civilizações da Antigüidade foi a que se desenvolveu no
Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização
social e riquíssima em suas realizações culturais. A arte Egípcia surgiu
há cerca de mais de 3000 anos A.C., mas é entre 1560 e 1309 A.C. que a
pintura Egípcia se destaca em procurar refletir os movimentos dos corpos
e por apresentar preocupação com a delicadeza das formas. A cultura
egípcia foi profundamente marcada pela religião e pela supremacia
política do faraó. Esses dois elementos exerceram grande influência nas
artes (arquitetura, escultura e pintura) e na atividade literária e
científica. A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o
universo, justificando sua organização social e política, determinando o
papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a
produção artística desse povo. Além de crer em deuses que poderiam
interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida
após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que
viviam no presente. O fundamento ideológico da arte egípcia é a
glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se
erguiam templos funerários e túmulos grandiosos. O Faraó representava os
homens junto aos deuses e os deuses junto aos homens, assim como era
responsável pelo bem-estar do povo, sendo considerado também como um
próprio Deus. Os egípcios ao esculpir e pintar tinham o propósito de
relatar os acontecimentos de sua época, as histórias dos Faraós, deuses e
do seu povo em menor escala, já que as pessoas não podiam ser
representadas ao lado de deuses e nem dentro de templos. Os valores dos
egípcios eram eternos e estáveis. Suas leis perduraram cerca de 6.000
anos. Provavelmente eles não tiveram a intenção de nos deixar a "arte"
de seus criadores.
Arquitetura
As construções mais importantes para os egípcios eram aquelas
destinadas a uso religioso. Por isso, os edifícios civis recebiam menos
atenção e neles eram empregados materiais menos duráveis. Os
construtores procuravam adaptar os seus edifícios às condições do meio
ambiente, dando-lhes uma aparência de grandiosidade, através da
amplitude das dimensões. As grandes manifestações da arquitetura egípcia
foram os magníficos templos religiosos, as pirâmides, os hipogeus e as
mastabas. As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas
mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo
Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está
a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a
ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos
séculos, um aspecto enigmático e misterioso.
As características gerais da arquitetura egípcia são:
- solidez e durabilidade;
- sentimento de eternidade;
- aspecto misterioso e impenetrável.
As
pirâmides tinham base quandrangular eram feitas com pedras que pesavam
cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem
admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a
estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a múmia. O
interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária,
local onde estava a múmia do faraó e seus pertences.
Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.
Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. Divididos em três categorias:
- Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó
- Mastaba - túmulo para a nobreza
- Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.
Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel:
- Palmiforme - flores de palmeira
- Papiriforme - flores de papiro
- Lotiforme - flor de lótus.
Escultura
A
escultura egípcia tambem obedecia a uma orientação predominantemente
religiosa. Eram numerosas as estátuas esculpidas com a finalidade de
ficar dentro dos túmulos.Os escultores egípcios representavam os faraós e
os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar
nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de
imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam freqüentemente as
proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão
de força e de majestade. De maneira geral, nas esculturas de sarcófagos
predominavam a “frontalidade” (o corpo apresentado de frente), a
“verticalidade” (o tronco e o pescoço na posição vertical), e a
“simetria” (divisão da obra em duas partes, através de uma linha).
Raramente as figuras fugiam à postura “Hierática”; quando expressavam
algum movimento, apresentavam a perna esquerda em posição de avanço. Os
Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura, geralmente esmaltadas de
azul e verde, destinadas a substituir o faraó morto nos trabalhos mais
ingratos no além, muitas vezes coberto de inscrições.Os baixos-relevos
egípcios, que eram quase sempre pintados, foram também expressão da
qualidade superior atingida pelos artistas em seu trabalho. Recobriam
colunas e paredes, dando um encanto todo especial às construções. Os
próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-relevo.
Pintura
A
pintura egípcia era profundamente impregnada de elementos religiosos.
Os trabalhos nesse campo tinham uma função decorativa e retratavam
sobretudo, cenas da vida diária. A pintura complementava a escultura ou
decorava as grandes superfícies dos edifícios. Nas figuras, os olhos e
ombros aparecem de frente, embora o resto do corpo de perfil; o faraó é
sempre muito mais alto que o sacerdote ou militar, o cortesão, o servo, o
inimigo derrotado. Mas é menor do que o deus que personificava na
terra, segundo os egípcios. Não se utilizavam gradação, mistura de
tonalidades, nem claro-escuro.
Características gerais :
- ausência de três dimensões;
- ignorância da profundidade;
- colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo;
- Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse
representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus
pés eram vistos de perfil.
Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós. Desenvolveram três formas de escrita:
- Hieróglifos - considerados a escrita sagrada;
- Hierática - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes; e
- Demótica - a escrita popular.
Curiosidade
Livro
dos Mortos, ou seja um rolo de papiro com rituais funerários que era
posto no sarcófago do faraó morto, era ilustrado com cenas muito vivas,
que acompanham o texto com singular eficácia. Formado de tramas de
fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas
transformando-se em folhas.(Fonte:aluzdaluz)
mt interessante. òtimo post; parabéns!
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