Não há dúvidas de que a cor dos olhos na espécie humana não é condicionada por um simples par de genes.
Acredita-se hoje que esse caráter seja um caso de interação de vários genes, ainda não muito bem compreendido.
Há a hipótese, inclusive , de que se trate de um caso de herança quantitativa, no qual variaria, na íris, a quantidade de melanina depositada.
De fato, na íris preta há muita melanina, na castanho-escura um pouco menos, e na castanho-clara, menos ainda.
Olhos verdes, azuis e acizentados não possuem pigmentos verdes, azuis e cinza; eles têm, na verdade, uma quantidade de melanina muito pequena e sua cor depende de como eles refletem a luz.
Vale lembrar que as crianças recém-nascidas têm, geralmente, olhos claros pelo fato de a melanina ainda não ter sido sintetizada.
Assim que a produção desse pigmento se inicia, a cor dos olhos pode mudar para verde, castanho ou preto.
Na realidade, a cor dos olhos parece depender não apenas da quantidade de melanina depositada na íris, mas também do padrão de deposição desse pigmento, o que poderia influir na forma como a luz é refletida.
Muito provavelmente isso também é controlado genéticamente, fazendo com que a cor dos olhos seja um caso de interação gênica bastante complexo.
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