Nos últimos anos, a taxa do gene para a hemofília tem aumentado muito nas populações humanas. Isso é fácil de entender.
Os hemofílicos, no passado, freqüentemente não chegavam à idade de reprodução, já que para eles qualquer ferimento maior poderia ser fatal.
Hoje, porém, os hemofílicos recebem o fator VIII, retirado do sangue de pessoas normais, que favorece a coagulação.
Assim, a probabilidade de sobrevivência dos hemofílicos aumentou muito, também se elevaram as chances de constituirem família, transmitindo seus genes para os descendentes.
Nesse caso, os avanços da medicina modificaram a atuação da seleção natural, que, no passado, mantinha o gene para a hemofília em taxa baixa.
Um outro caso de evolução em populações humanas se refere à conformação dos ossos de bacia, em mulheres, que parece ser transmitida geneticamente.
Mulheres de bacia estreita sempre tiveram no passado, sérias dificuldades na hora do parto, e muitas morriam ao ter seu primeiro filho.
Isso mantinha nas populações uma baixa porcentagem dos genes para essa característica.
Hoje em dia, no entanto, as operações do tipo cesariana são uma rotina, e muito seguras.
Mulheres com bacia estreita podem ter vários filhos, transmitindo-lhes seus genes.
Trata-se de mais um caso em que os avanços da medicina mudam as condições da seleção natural, fazendo com que genes muito "desfavoráveis" no passado permaneçam hoje nas populações, em taxas relativamente mais elevadas.
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