sábado, 28 de julho de 2012

Exclusão Social...No Brasil



A exclusão social está presente no Brasil desde a época da colônia, em função da adoção de uma estrutura escravagista, que se reproduziu e permanece até hoje, embora com um grau menor e de maneira menos ostensiva.
Entretanto, a temática da exclusão social passou a ganhar destaque no país na década de 70, diretamente relacionada ao crescimento econômico, oriundo do período ditatorial brasileiro. Com a vertiginosa escalada rumo à industrialização, houve uma intensificação do padrão social excludente, fruto do capitalismo dependente, sustentador do "milagre".
Este modelo econômico brasileiro, favorecia a concentração de capital, resultando num aumento substancial do número de pobres e miseráveis do país. Àqueles não inseridos no sistema, restava somente vender a sua força de trabalho sem, contudo, se tornarem aptos aos privilégios existentes.

Hoje, as rendas máximas e mínimas se distanciam cada vez mais. No caso do Brasil, em comparação com todos os países dos quais se têm estatísticas, essa desproporção atinge os níveis mais alarmantes, já que é hoje o país com os maiores índices de desigualdade, segundo a Unesco. Os 10% mais ricos detém mais de 46% da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres detém somente 14% da renda do país. São dados, inclusive, piores dos que os apresentados por países africanos, reconhecidos mundialmente por sua situação de miserabilidade.
Claro que a distribuição de renda, por si só, não é indicador suficiente para avaliar corretamente o universo dos excluídos. Exatamente por isso, grande parte das políticas públicas não obtém o resultado esperado, pois ora são incompletas, ora tratam de maneira uniforme destinatários tão diversos.

É precisamente neste contexto que se inserem as ações afirmativas, que representariam uma alternativa ao modelo massificador predominante nas políticas públicas.

Exclusão social refere-se a dificuldades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até à discriminação de um determinado grupo de uma determinada sociedade. Estes grupos excluídos ou, que sofrem de exclusão social, precisam assim de uma estratégia ou política de inserção de modo a que se possam integrar e ser aceitos pela sociedade que os rodeia.

O termo exclusão social teve origem na França e, no modo francês de classificação social, neste caso, especificamente relacionado com pessoas ou grupos desfavorecidos. O sociólogo francês Robert Castel, definiu a exclusão social como o ponto máximo atingível no decurso da marginalização, sendo este, um processo no qual o indivíduo se vai progressivamente afastando da sociedade através de rupturas consecutivas com a mesma.

A pobreza pode, por exemplo, levar a uma situação de exclusão social, no entanto, não é obrigatório que estes dois conceitos estejam intimamente ligados. Um trabalhador de uma classe social baixa, pode ser pobre e estar integrado na sua classe e comunidade. Deste modo, fatores/estados como a pobreza, o desemprego ou emprego precário, as minorias étnicas e ou culturais, os deficientes físicos e mentais, os sem-abrigo, trabalhadores informais e os idosos podem originar grupos excluídos socialmente mas, não é obrigatório que o sejam.

Existem diversos tipos de exclusões sociais, Alfredo Bruto da Costa(2009),  referiu que exclusões sociais deveriam ser definidas conforme as causas que apresentavam e os efeitos que exigiam. Nesta perspectiva, o autor categorizou as exclusões sociais de cinco modos:
a exclusão de ordem econômica, social, cultural, patológica.(Fonte:Historicidade e Exclusão Social)




sábado, 21 de julho de 2012

Evolução...em Populações Humanas

Nos últimos anos, a taxa do gene para a hemofília tem aumentado muito nas populações humanas. Isso é fácil de entender.

Os hemofílicos, no passado, freqüentemente não chegavam à idade de reprodução, já que para eles qualquer ferimento maior poderia ser fatal.

Hoje, porém, os hemofílicos recebem o fator VIII, retirado do sangue de pessoas normais, que favorece a coagulação.

Assim, a probabilidade de sobrevivência dos hemofílicos aumentou muito, também se elevaram as chances de constituirem família, transmitindo seus genes para os descendentes.

Nesse caso, os avanços da medicina modificaram a atuação da seleção natural, que, no passado, mantinha o gene para a hemofília em taxa baixa.

Um outro caso de evolução em populações humanas se refere à conformação dos ossos de bacia, em mulheres, que parece ser transmitida geneticamente.

Mulheres de bacia estreita sempre tiveram no passado, sérias dificuldades na hora do parto, e muitas morriam ao ter seu primeiro filho.

Isso mantinha nas populações  uma baixa porcentagem dos genes para essa característica.

Hoje em dia, no entanto, as operações do tipo cesariana são uma rotina, e muito seguras.

Mulheres com bacia estreita podem ter vários filhos, transmitindo-lhes seus genes.

Trata-se de mais um caso em que os avanços da medicina mudam as condições da seleção natural, fazendo com que genes muito "desfavoráveis" no passado permaneçam hoje nas populações, em taxas relativamente mais elevadas.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A Sensação Que Fica é...Isso Vai Acabar Mal !

Imagens de pessoas muito criativas, com relação da necessidade para conseguir uma maneira de executar o trabalho, infelizmente, sem a devida precaução de segurança.






























Fonte:kaifolog.ru(direitos autorais)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O Homem...de Neandertal

O Homo neanderthalensis recebeu esse nome porque foi descoberto inicialmente numa região chamada Neander, na Alemanha, viveu de 150 000 anos até 30 000 anos atrás.

Os homens dessa época se espalharam por toda Europa, Oriente Médio, Ásia central e oriental.

 Eram de constituição mais robusta que o homemm atual, tinham o volume do cérebro igual ao nosso, o crânio de conformação mais maciça, face saliente e fronte baixa.

 As ferramentas que eles usavam eram mais sofisticadas que as do Homo erectus e lhes permitiam manipular a pele dos animais, provavelmente usadas como roupas para se proteger do frio.

 De fato, de 100 000 até 18 000 anos atrás, houve um grande avanço do gelo, que recobriu boa parte do hemisfério Norte.

 Assim, o cenário em que vivia esse grupo de hominídeos era composto de solos permanentemente gelados(como a tundra) ou florestas de coníferas e animais como mamutes, ursos, renas, hienas e outros mamíferos de grande porte.

 É possível que o Homem de Neandertal tivesse algum tipo de comunicação verbal rudimentar.

 A posição anatômica de sua laringe é semelhante à do homemm moderno, permitindo a emissão de sons.

A grande homogeneidade das ferramentas datadas  do período em que ele viveu indica uma possível transmissão oral da técnica de fabricação, de geração para geração.

 Além disso, certos comportamentos sociais, como a formação de grupos para caça aos mamutes, podem ser indício da existência de alguma forma de comunicação.

 Outro exemplo de uma organização social elaborada está relacionado ao fóssil de um indivíduo que morreu com cerca de 40 anos de idade.

 O exame de seu esqueleto demontrou que, quando era jovem, ele havia sofrido uma mutilação no pé, ele certamente mancava, e não devia ser capaz de caçar.

 Um indivíduo com essa deficiência nunca poderia sobreviver até os 40 anos de idade, a não ser que seu grupo se dispusesse a lhe fornecer alimento e proteção.

 Os Homens de Neandertal enterravam seus mortos, freqüentemente com alimentos e armas e até com flores.

 É por esse motivo  que muitos dos seus fósseis foram encontrados completos.

 Alguns pesquisadores interpretam esses enterros cerimoniais como um indício de que esses homens acreditavam na vida após a morte.

 Há 30 000 anos os Homens de Neandertal desapareceram abruptamente, sem que se saiba por quê.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Certeza e Acaso...

Podemos considerar que muitos eventos, em nosso dia-a-dia, com certeza ocorrerão.
O sol nasce e se põe todos os dias, ocorrem movimentos de marés, que dependem das fases da lua, uma caneta que soltamos a certa altura cai no chão, nos rios a água sempre flui da nascente para a foz.

Nem tudo em nossa vida, no entanto, é certeza absoluta. Pode-se dizer, na verdade, que a incerteza está muito mais presente do que as certezas absolutas.
São 7h30min da manhã. Tomo um ônibus para ir ao trabalho.
Tenho chegado às 7h50min, quando nada atrapalha.
Minha chegada ao trabalho na hora certa, hoje, depende de uma série de fatores que estão fora do meu controle.

Por exemplo, o humor do motorista, que naquele dia pode ter acordado com dor de estômago, um caminhão de lixo que está bloqueando a passagem numa rua estreita, um atropelamento na avenida, vários sinais vermelhos, nas esquinas, e assim por diante. Esses numerosos fatores que não estão sob nosso controle são chamados de acaso.
É fácil concluir, portanto, que não podemos ter certeza absoluta sobre eventos que dependem do acaso, os chamados eventos aleatórios.

Embora a ocorrência de um evento aleatório não possa ser "adivinhada" com segurança absoluta, pode-se fazer sobre ele alguma previsão, usando o conceito de probabilidade.
Ex >  Imagine que voce esteja para jogar um dado e precise de um 6 para ganhar a partida. É possível que saia o 6? Sim. É certeza que irá sair o 6? Não. Será que é possível quantificar, dar um valor à possibilidade de sair o 6? Sim.
O dado tem seis faces  > 1,2,3,4,5 e 6. Intuitivamente, aceitamos que qualquer uma das faces tem a mesma chance de aparecer do que as outras. O 6 é uma entre seis possibilidades.
Um estatístico diria > " a probabilidade de sair o 6, em qualquer jogada, é de 1/6".

Dessa forma, estamos substituindo nossa ignorância absoluta sobre um evento aleatório por certo conhecimento, mesmo que parcial.
Ex > Compro um bilhete de loteria. Sei que foram impressos 100 000 bilhetes. Qual é a probabilidade de eu ganhar na loteria, supondo-se que ela seja "honesta"?
E se eu comprasse três bilhetes, em vez de um, minhas chances melhorariam?
A noção de probabilidade permite-me avaliar, quantitativamente, minhas chances de ser bem-sucedido.
O cálculo da probabilidade de um evento aleatório nem sempre é tão fácil de obter.

A probabilidade de chuva sobre uma região, em determinado dia, pode ser avaliada pelos meteorologistas, que dispõem de dados diversos, alguns fornecidos por satélites, como frentes frias e umidade do ar, e são treinados para interpretá-los.
Quanto mais dados eles tiverem, mais precisa será a previsão.
Mesmo assim, sabemos, por experiência própria, que eles nem sempre acertam!
Em genética, muitos tipos de gameta são produzidos pelos indivíduos.
Dos encontros entre esses gametas, que dependem de fatores casuais, nascerão indivíduos deste ou daquele fenótipo.
Sabendo um pouco sobre a probabilidade, podemos fazer previsões a respeito do que pode acontecer nas diversas gerações.